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Compartilhando informações, dicas, relatos, diário e tudo que você quer saber sobre a tão controversa hipoglicemia. Por que ela não pode ser um tabu!



Aberto a todos os tipos e causas.


sábado, 27 de março de 2010

Outras causas detalhadamente

Bom como o Blog tem o nome de Hipoglicemia.com, não posso deixar de falar sobre todas as causas possíveis da mesma.
Eu li site interessantíssimo que aborda de forma clara e detalhada, causas e diagnóstico da hipo.
vou deixar partes interessantes do texto e o link. Gostei muito e me esclareceu de forma mais detalahada algumas coisas que eu ja sabia e reafirma minha convicção de diagnóstico complexo, mas não difícil.

"No passado havia tendência a diagnosticar hipoglicemia reactiva quando se constatavam sintomas semelhantes aos da hipoglicemia ao fim de 2 a 4 horas depois de se ter comido ou inclusive em pessoas com sintomas vagos (sobretudo esgotamento). Contudo, a medição das concentrações de açúcar no sangue durante um episódio de sintomas não revela uma hipoglicemia verdadeira. Tentou-se reproduzir a hipoglicemia reactiva com uma prova oral de tolerância à glicose, mas esta prova não reflecte minuciosamente o que acontece depois de uma refeição normal.

Um tipo de hipoglicemia reactiva que se apresenta em bebés e crianças é causado por alimentos que contêm os açúcares frutose e galactose ou o aminoácido leucina. A frutose e a galactose impedem a libertação de glicose do fígado; a leucina estimula a sobreprodução de insulina do pâncreas. Em qualquer dos casos, o resultado é uma baixa concentração de açúcar no sangue depois de ingerir alimentos que contêm estes nutrientes. Nos adultos, a ingestão de álcool em combinação com açúcar, por exemplo genebra e água tónica, pode precipitar a hipoglicemia reactiva.

A excessiva produção de insulina também causa alguns valores anormalmente baixos de glicose no sangue. Esta produção excessiva pode ser consequência de um tumor das células do pâncreas que produzem insulina (insulinoma) ou, em raras ocasiões, de uma proliferação generalizada dessas células. Embora seja pouco frequente, um tumor originado fora do pâncreas também pode causar esta perturbação ao produzir uma hormona semelhante à insulina.

Uma causa rara de hipoglicemia é uma doença auto-imune em que o organismo produz anticorpos contra a insulina. (Ver secção 16, capítulo 167) Os valores da insulina no sangue flutuam anormalmente, já que o pâncreas segrega uma quantidade excessiva de insulina para fazer frente aos anticorpos. Esta situação tanto se verifica em pessoas com diabetes como em pessoas sem ela.

Por fim, a hipoglicemia também pode ser o resultado de uma insuficiência cardíaca ou renal, cancro, desnutrição, perturbações da hipófise ou das glândulas supra-renais, choque e infecção grave. Uma doença hepática difusa (por exemplo, hepatite viral, cirrose ou cancro) também pode produzir hipoglicemia."

"Diagnóstico

Quando um doente não diabético e aparentemente saudável manifesta ansiedade, uma conduta semelhante à embriaguez ou os restantes sintomas de alteração das funções cerebrais (descritos mais acima), os médicos determinam os valores de açúcar no sangue e depois os de insulina. Os sintomas de hipoglicemia raramente se desenvolvem até os valores de açúcar serem inferiores aos 50 mg/dl de sangue, embora algumas vezes não se manifestem sintomas com valores superiores e em outras não se manifestem até serem muito mais baixos. As baixas concentrações de açúcar no sangue, juntamente com os sintomas de hipoglicemia, confirmam o diagnóstico. Se os sintomas melhoram quando os valores aumentam poucos minutos depois de ter ingerido açúcar, o diagnóstico recebe uma confirmação definitiva.

O médico efectua no consultório a determinação do açúcar no sangue de um doente. Este exame também pode realizar-se no domicílio do doente mediante a obtenção de uma gota de sangue, picando o dedo no momento em que os sintomas se produzem, caso se disponha de um dispositivo para controlar as concentrações de açúcar. Contudo, a supervisão domiciliária de açúcar no sangue só se recomenda se o doente for diabético. A prova oral de tolerância à glicose, que se utiliza com frequência para facilitar o diagnóstico da diabetes, é pouco utilizada nestes casos porque os resultados levam muitas vezes a conclusões incorrectas.

O médico consegue quase sempre determinar a origem da hipoglicemia. A história clínica do doente, um exame físico e uns exames laboratoriais simples são, em geral, tudo o que é necessário para determinar a causa. Contudo, algumas pessoas requerem exames complementares e para isso devem ser internadas num hospital. No caso de suspeita de hipoglicemia de causa auto-imune, realizam-se exames para detectar a presença no sangue de anticorpos contra a insulina.

Para determinar se o doente tem um tumor secretor de insulina, podem efectuar-se medições das concentrações de insulina no sangue durante o jejum (por vezes até às 72 horas). O ideal seria localizar o tumor antes da cirurgia. Contudo, apesar de alguns tumores pancreáticos secretores de insulina poderem ser visíveis na tomografia axial computadorizada (TAC), na ressonância magnética (RM) ou na ecografia, em geral são tão pequenos que estes exames não os detectam. Com frequência, é preciso praticar uma cirurgia exploratória para detectar um tumor secretor de insulina.

Tratamento

Os sintomas de hipoglicemia melhoram alguns minutos depois do consumo de açúcar, quer seja na forma de caramelos ou tabletes de glicose, sumo de frutas, água com vários torrões de açúcar ou leite (que contém lactose, um tipo de açúcar). Os doentes com episódios recorrentes de hipoglicemia, sobretudo os diabéticos, muitas vezes preferem levar consigo tabletes de glicose porque têm um efeito rápido e fornecem uma quantidade suficiente de açúcar. Tanto os diabéticos como os não diabéticos com hipoglicemia podem melhorar tomando primeiro açúcar e a seguir um alimento que forneça hidratos de carbono de longa duração (como pão ou bolachas). Quando a hipoglicemia é grave ou prolongada e não é possível ingerir açúcar por via oral, deve administrar-se glicose por via endovenosa para evitar lesões cerebrais graves.

Deverá ter-se glucagina à mão para as urgências, no caso de haver o risco de se sofrer episódios graves de hipoglicemia. A glucagina é uma hormona proteica, segregada pelas células dos ilhéus do pâncreas, que estimula o fígado a produzir grandes quantidades de glicose a partir das suas reservas de hidratos de carbono. Administra-se em injecção e restabelece o açúcar no sangue ao cabo de 5 a 15 minutos.

Os tumores secretores de insulina devem ser extirpados cirurgicamente. Contudo, como são muito pequenos e difíceis de localizar, a cirurgia deve ser praticada por um especialista experimentado nestes problemas. Antes da intervenção cirúrgica, deve administrar-se um medicamento como o diazóxido para inibir a secreção de insulina por parte do tumor. Por vezes há mais de um tumor e, se o cirurgião não os encontra todos ao mesmo tempo, por vezes é necessária uma segunda operação.

Os doentes não diabéticos com predisposição para a hipoglicemia evitam muitas vezes os episódios fazendo pequenas refeições em número superior às três refeições habituais do dia. Os doentes com tendência para a hipoglicemia deveriam trazer uma identificação ou uma pulseira de alerta médico para informar o pessoal do serviço de urgências sobre a sua doença."

http://www.manualmerck.net/?id=174

*Claro que não estamos aqui falando somente de reativos, então por isso essas informações, mas reativos por favor, não entrem nessa de açúcar, glicose etc! Mesmo que os médicos nostratem como todos iguais, nós não somos!

Gostaria que comentassem, expressassem suas opniões, reclamações e dúvidas. Assim podemos nos juntar para saber lidar melhor e quem sabe acharmos o caminho da cura juntos com a medicina.
Meu intuito aqui é buscar tudo que for possível em informações, alívio e o mais importante, me juntar a todos que possuem a hipo, pq me sinto realmente sem informações e tratamentos precisos, em meio a algo sem a devida atenção, sem união dos sintomáticos que se sentem perdidos. Acreditos que somente nós poderemos mudar tudo isso e mostrar a realidade do nosso dia-a-dia e nossas duvidas reais, por isso acho interessantíssimo como temos nossas vidas mudadas e de forma tão parecida, adoro ver os depoimentos e ver que não estamos inventando, exagerando etc. Acho ótimo também a variedade de histórias e como cada um esta se virando, experiências e troca de dicas.
Obrigada a todos pela leitura e aguardo depoimentos para publicar aqui no blog, pois isso me ajuda muito e acredito que a todos. Vamos lá!

Um comentário:

  1. olá pessoal do Hipoglicemia.com!

    Meu nome é Vanessa ... tenho pesquisado sobre hipoglicemia há dois meses.
    Quando criança aconteceram algumas vezes de ter
    uma espécie de 'desmaio'. No entanto, sempre achava que era queda de pressão.
    Ano passado desmaiei duas vezes.
    E esse ano desmaiei uma vez (essa foi a pior de todas).
    Comecei a ouvir comentários que poderia ser hipoglicemia. Passei por um neuro. Fiz um eletro e não deu nada.
    Ano passado fiz uns exames do coração ... nada também.
    Enfim... estou com exame marcado agora para fazer de glicemia.
    Ao menos os sintomas que tive ... encontrei em vários dos colegas que aqui escrevem.
    Mas tenho algumas dúvidas:

    1- O hipoglicemico não pode comer açucar?
    (algumas pessoas disseram pra mim que pode... já que temos pouco açucar no sangue).
    2- Como é a dieta?
    3- Caso não seja diagnosticado .. o que faço com todos esses sintomas que são como muitos de vocês?


    Desde já obrigada.
    Att.

    Vanessa Viana.

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